Hoje, vi uma notícia de que o X (antigo Twitter) está voltando. Durante o bloqueio que já dura mais de um mês, nosso “Twitter reserva”, que dividiu a atenção com o Bluesky, bateu mais de 200 milhões de usuários. Mas, e agora? Será que veremos o “efeito Koo” novamente?
Caso você não se lembre, tivemos uma febre chamada Koo, uma rede social muito parecida com o Twitter, que ganhou popularidade no Brasil por causa da brincadeira com o nome sugestivo do app. No entanto, depois de um tempo, a popularidade sofreu com o efeito meme, e o app afundou.
Apesar do grande esforço da Meta em promover o Threads em todos os canais, tentando emplacar essa rede, a grande verdade é que não estava indo bem. Eles têm feito festivais, investido em influenciadores, mas a rede ainda é muito limitada e sem diferenciais que realmente incentivem o uso.
Os vídeos ficam ruins no feed, os textos têm formatação diferente, as fotos não têm filtros, só se pode usar uma hashtag, não há músicas, e as regras são bem diferentes, o que confunde quem começa a usar a rede.
O X está voltando com uma fórmula bem estabelecida: é fácil de escrever, os vídeos, tanto no estilo TikTok quanto no formato YouTube, ficam ótimos, e a dinâmica é muito fluida. Você pode seguir tópicos e receber alertas, além de várias ferramentas interativas, que são populares e interessantes.
O X também se destaca pela agilidade no acompanhamento de notícias. No trágico acidente aéreo de São Paulo, conseguimos ver tudo bem antes de sair na TV aberta. A rede social também é uma fonte de contato mais direto com marcas: com o @ você pode ter contato imediato com as empresas, outros consumidores e até canais de usuários.
Canais de áudio, o “X Space”, já sediaram eventos com celebridades antes de shows, com sobreviventes durante desastres naturais, e até com o novo dono da marca, Elon Musk. Enfim, a questão aqui é que o Threads vinha sendo usado como um “não tem outro, vai esse mesmo”, mas isso está prestes a mudar.
No entanto, não houve uma preocupação por parte da equipe do Threads em criar um ambiente que de fato tomasse o lugar do X na memória afetiva dos “Xwitteiros”. A rede ainda é bem limitada, como mencionei, e é possível sentir a confusão ao tentar usá-la.
Os ex-usuários do Twitter chegam tentando fazer as mesmas coisas e não conseguem. Os usuários habituais do Threads fazem de cada post uma “armadilha” para gerar engajamento, pedindo para o tal do algoritmo conectar eles com isso e aquilo, divulgando vagas de emprego, perguntando coisas que obviamente já sabem, entre outras ações que mostram que claramente não entenderam a proposta da rede social. O nome da rede já diz: Threads quer dizer “carretel”. Quando você posta um conteúdo lá, ele é um fio de um carretel; quanto mais linha você der, maior ele fica.
Enfim, não vou te amolar com estratégias de Threads aqui, mas vou dizer o seguinte: não é provável que o Threads sofra o “efeito Koo”, afinal, a pessoa por trás dessa rede social tem o que chamamos de “bala na agulha”. Mas, com certeza, veremos uma queda nos usuários assim que o X voltar.
Isso significa que haverá menos gente, o que torna mais fácil alcançar usuários no Threads organicamente. Meu conselho como especialista é o seguinte: não trate o Threads como um “CTRL+C, CTRL+V” do seu Insta. Evite as modinhas, faça o básico bem feito, crie carretéis de conteúdo, carrosséis, evite vídeos, fique de olho nas notícias e, principalmente, divirta-se.
Nem tudo é para vender. As pessoas seguem marcas porque gostam; elas já vão comprar de você. Não precisa usar todo conteúdo para gerar lead como um vampiro. Crie um ambiente gostoso que atraia, entregue um conteúdo top que engaje e faça algo prazeroso para que eles comprem e ainda falem bem de você para geral.
Se ficar alguma dúvida, me chama! Vamos nos conectar lá. Agora, é só colocar em prática o que você aprendeu neste texto. Vai para cima, e um beijo, lá naquele lugar!
Artigo escrito por:
Gustavo Aron – Fundador da StorLabs, comunidade dos Fazedores e membro do Clube BoraFazer
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