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E você tem dados em casa?

A família começou a receber anúncios de produtos para gestantes. O pai, muito furioso, foi até o estabelecimento cobrar por que estavam mandando esses cupons de desconto para produtos de gestantes. O que esse pobre pai não sabia era que sua filha estava de fato gestante, mas ainda era segredo.

Isso aconteceu faz muito tempo, antes da inteligência artificial e muito antes das redes sociais. Mas como isso aconteceu? Como eles previram que a filha do homem estava grávida? Espionagem? De certa forma, sim, mas não exatamente.

Fora os dados! Esse estabelecimento, no caso, tinha um departamento que analisava os comportamentos de compra de todos os clientes, e um robusto programa conseguia traçar um perfil baseado nisso.

Se um homem começava a comprar mais produtos de beleza, menos comida pesada e mais produtos de higiene pessoal, roupas novas, você poderia achar que ele é um solteirão que decidiu se cuidar para conquistar uma bela dama. Mas e se ele simplesmente foi convidado para uma festa da turma da escola e queria aparecer bem?

Se uma mulher começa a comprar ferramentas manuais, roupas de jardinagem, protetor solar, você poderia dizer que ela está cuidando do jardim. Mas e se ela for professora do jardim de infância e vai levar a turma para um exercício?

Os dados não são um livro fácil de ler se você olhar apenas para o que quer ver. Por exemplo, com certeza você já deve ter postado um meme que teve várias curtidas, mas como você entendeu esses dados? Será que seu público está interessado em comédia? Será que eles curtiram porque já passaram por essa situação? Já pensou que podem ter curtido por imaginarem você reagindo a isso?

Todas as redes sociais oferecem uma análise de dados bem limitada, mas são um ótimo começo. Você pode ver quantas mulheres te seguem; se forem mais de 90%, precisa oferecer conteúdos e ofertas desenhadas para esse público. E se você não vende nada para esse público, pode fazer como a Johnson & Johnson, que vende produtos para bebês, mas foca seu marketing em parentes próximos a eles, saca?

Algumas ferramentas podem te ajudar a entender melhor os dados sem ficar com a cara enfiada em planilhas. Para o Instagram, você pode usar sites como Squarelovin, Metricool e o famoso Social Blade, que inclusive permite analisar dados de outras redes sociais e outros criadores.

Para o LinkedIn, você vai precisar de Hootsuite, Shield, e no próprio site há dados que você pode acessar. Só não faça a besteira de conectar sua rede social com seus dados em um desses sites; isso prejudica demais sua conta.

O importante é começar a analisar esses dados como um apoio no direcionamento das suas criações. Lembra da história da massa de bolo que não vendia porque as donas de casa não gostavam de colocar o leite e pôr pra assar? Eles analisaram dados para entender que elas queriam ser úteis. Por isso, mudaram a receita.

Lembra? Foi bem isso: as vendas estavam mega fracas, e quando entenderam o motivo, mudaram a receita para ser necessário acrescentar um ovo e bater por alguns minutos. Depois disso, o produto nunca mais parou de vender bem.

Sem analisar os dados, você cria conteúdo baseado em achismos e dicas de gente que ouviu conselhos por aí. Analisando os dados, você mira num alvo; mirando, você acerta ou erra, e errando dá pra ajustar.

Entender seu público é metade do caminho para o sucesso em qualquer rede social. Então comece analisando os dados. Se tiver alguma dúvida, me chama. Um beijo, lá naquele lugar!

Artigo escrito por:

Gustavo Aron – Fundador da StorLabs, comunidade dos Fazedores e membro do Clube BoraFazer

LinkedIn: Gustavo Aron StorLabs | LinkedIn

Instagram: Gustavo Aron (@storlabs.marketing)

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