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Quem não escuta a música da inovação, tropeça na pista de dança

A inovação mais transformadora não começa com uma tecnologia nova. Ela começa com uma percepção antiga que ainda não foi levada a sério. Está no comportamento das pessoas. Na mudança de hábito silenciosa que cresce todos os dias até se tornar inevitável.

A indústria da música viveu isso de forma clara. Durante décadas, o mercado girava em torno de formatos físicos. Discos, fitas, CDs. O consumo era controlado por uma cadeia previsível, que envolvia produção, distribuição, rádio e lojas especializadas. Mas aos poucos, o público começou a sinalizar que queria outra coisa. Primeiro gravando faixas em casa, depois baixando MP3 na internet, até que surgiu o streaming.

O público já tinha mudado. O mercado é que não tinha percebido.

Joseph Schumpeter, pai da inovação como motor do capitalismo, chamou isso de destruição criativa. Um ciclo onde o novo nasce de dentro da própria lógica que o antecedeu. Não se trata apenas de criar algo inédito, mas de compreender que o contexto mudou e, com ele, as regras também.

As gravadoras que resistiram à mudança pagaram o preço. As que observaram, aceitaram e agiram, adaptaram-se e criaram novos modelos. O Spotify não nasceu para inovar. Nasceu para resolver uma dor. E essa dor já estava instalada no comportamento das pessoas. Ele apenas foi a resposta organizada para o que o mercado já estava vivendo de forma desorganizada.

Meu professor, com quem tive o privilégio de estudar presencialmente, Peter Drucker, dizia que a inovação é o instrumento específico do empreendedorismo. Não basta reagir à mudança. É preciso antecipá-la. Mais do que isso, é preciso cultivar uma mentalidade onde os sinais sejam percebidos enquanto ainda são sutis.

No meu livro A Mandala da Inovação, eu mostro que as maiores transformações não vêm de grandes investimentos. Vêm da capacidade de observar padrões que estão se repetindo e conectar pontos que ainda parecem desconexos. O problema é que muita empresa só olha para fora. E deixa de enxergar o mais importante: o que já está mudando dentro de casa.

Quantas vezes você já notou que seu cliente parou de comprar como antes? Que seu time está repetindo processos que não fazem mais sentido? Que a eficiência parou de evoluir, mesmo com mais esforço? Esses são os sinais. A inovação não entra pela porta da frente. Ela aparece nos detalhes.

O comportamento das pessoas é a fonte mais poderosa de transformação. Mas só se transforma quem tem coragem de ouvir, humildade para ajustar e clareza para agir.

É exatamente esse o foco dos nossos encontros presenciais. Mostrar que inovação não é um momento genial. É um processo consciente. É cultura aplicada. É método na escuta, na decisão e na execução.

Se você sente que sua empresa precisa mudar, mas não sabe por onde começar. Se você sente que o cliente está gritando algo que ninguém está ouvindo. Se você quer liderar a transformação, em vez de correr atrás dela, chegou a hora.

Clique aqui para saber mais sobre o nosso próximo evento presencial: https://bit.ly/42pBNK5

A inovação que você procura talvez já esteja acontecendo. A pergunta é: você está pronto para enxergar?

Artigo escrito por: Fernando Seabra, Mentor em Inovação Prática, LinkedIn Top Innovation Voice, TEDx Speaker, Investidor Anjo, Board Advisor-Bossa Invest, Fundador Clube BoraFazer e autor best-seller do livro ‘A Mandala da Inovação‘.

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