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Seu creme dental é uma farsa!

A mentira já começa pela cor!

Bom, há muito tempo, as guerras começaram a tirar nossos meninos de casa para defender o país em batalhas. Patriótico, né? Só que eles não enfrentavam apenas os soldados inimigos, também lidavam com um oponente silencioso… dentro da boca.

Quando voltavam, já estavam na posição de futuros adultos. Por isso, era crucial influenciar positivamente essa geração. Afinal, as crianças os viam como heróis. Acontece que, nessa época, surgiu uma epidemia de doenças bucais relacionadas à falta de cuidados com os dentes. O inimigo silencioso estava fazendo vítimas cada vez mais jovens.

Foi então que o Estado entrou em ação com aquelas propagandas bem chatas sobre como era importante escovar os dentes sempre. Mas não surtia efeito. E você sabe: toda onda de choro é uma oportunidade para quem vende lenço. As empresas viram nisso uma chance maravilhosa de ganhar muito dinheiro salvando o sorriso da América.

O marketing estava apenas engatinhando, e os textos de venda ainda eram novidade. Começaram a falar sobre uma tal “película de limpeza”. Era só o começo. Teve rejeição, claro, mas a sementinha estava plantada. Os galãs de filmes heroicos começaram a aparecer com sorrisos brancos e reluzentes, e nas novelas só se falava nisso. Estava funcionando.

Mas teve uma empresa que estava se saindo muito melhor. Eles criaram um creme dental diferente.

Ele era branco.
Ele “queimava”.
Ele tinha “cheiro de limpeza”.
E, a cereja do bolo: fazia espuma branca.
Pronto. Era isso.

As pessoas sentiam que estavam limpando os dentes. Queimava? Sim. Mas a sensação era de que a sujeira estava indo embora. Era branco? Sim. E o público achava que, se o creme era branco, os dentes também ficariam brancos. A espuma atrapalhava? Muito! Mas fazia ligação mental com faxina, com limpeza.

E o mais surpreendente? Tudo mentira. Tudo inútil.

Os ingredientes realmente responsáveis pela limpeza dos dentes não têm cor.
A ardência? Era causada por ácido incluído de propósito.
A espuma? Um componente químico só pra dar “sensação de limpeza”.

Com o tempo, esses detalhes se tornaram pré-requisitos para um “bom creme dental”. Sem eles, ninguém comprava.

No Brasil, tivemos o “Sorriso Colgate”. Os heróis da propaganda até tinham efeito sonoro ao sorrir com dentes brilhando. Tudo mentira. Tudo inútil. Mas tudo eficiente. E, claro, lucrativo.

E qual a moral da história?
Se as pessoas não sentem que estão fazendo algo, elas simplesmente param de fazer.
O ardor, a cor branca, a espuma… tudo isso fazia (e ainda faz) o consumidor acreditar que algo está acontecendo — e isso gera desejo por mais.

Agora, pensa: como seria escovar os dentes com um creme sem cor, sem cheiro, sem ardência, sem espuma?
Você só estaria passando uma pomada na boca. Sem graça pra caramba, fala a verdade.

Então, lindeza, pensa agora no seu cliente: será que você não está tão focado em mostrar o quanto seu produto/serviço é incrível, que esqueceu de oferecer a sensação de que ele está fazendo alguma coisa ao consumir o que você vende?

Se você mudar isso, vai sentir uma baita diferença. Porque vai estar pensando na experiência de consumo, e não só em empurrar uma venda. Saca?

Comenta aqui se faz sentido pra você.
Vai pra cima e um beijo, bem ardente, lá naquele lugar.

Artigo escrito por:

Gustavo Aron – Fundador da StorLabs, comunidade dos Fazedores e membro do Clube BoraFazer

LinkedIn: Gustavo Aron StorLabs | LinkedIn

Instagram: Gustavo Aron (@storlabs.marketing)

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